quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Quais os limites da mente?

     Muitas vezes nos vemos fazendo perguntas do tipo: "como aquele(a) professor(a) é tão inteligente?". Quando nos fazemos este tipo de pergunta é por que automaticamente criamos um bloqueio mental que nos faz acreditar que é impossível sermos "inteligentes" como a pessoa em questão. Mas, será a inteligência uma grandeza? Será que a inteligência é maior para algumas pessoas? Ou ainda, será que que
podemos aumentar nossa inteligência?
     Indo diretamente ao ponto, a inteligência é a capacidade de obter conhecimento inerente ao ser humano. Ou seja, é natural em nós seres humanos essa capacidade de aprender, armazenar informações, interpretá-las e até vincular as mesmas. Claro que essa capacidade pode variar de uma
pessoa para outra, principalmente para quem possui alguma acuidade mental, mas no geral, pessoas em estado normal da mente têm poucas diferenças na capacidade de aprender. Sei que isto soa meio estranho, ao vermos exemplos de pessoas tão prendadas e pessoas tão desinformadas. Mas quando falamos em adquirir conhecimento estamos falando da dedicação que cada pessoa possui para conseguir aprender algo. Por tanto, os conhecimentos adquiridos por cada pessoa são fruto da sua dedicação em aprender aquilo. Quando alguém aprende muito sobre algum assunto e se torna um conhecedor nessa área, não significa necessariamente que ela tem facilidade em aprender sobre aquilo (pode ser que tenha), mas aquele conhecimento pode ter sido resultado do seu esforço.
     Com essas duas variáveis abre-se um leque de discussões acerca da capacidade de aprendizagem. A partir dessa perspectiva podemos dizer que tudo o que se aprende é a soma da capacidade de aprender mais a dedicação. Assim sendo, também podemos dizer que pode se tornar mais fácil aprender aumentando ou a capacidade ou a dedicação, e assim ainda dizer que se você não tem dedicação em aprender, mas tem facilidade, dá para resolver a questão se dedicando, logo, se não possui facilidade em aprender, pode aumentar a sua dedicação.
     Como a nossa capacidade de aprender pode ser aperfeiçoada, podemos utilizar de técnicas para aperfeiçoar os nossos conhecimentos. Uma dessas técnicas é o fator interesse. O cérebro humano é muito complexo e uma de suas capacidades é a de selecionar aquilo que se aprende. Ou seja, o nosso cérebro consegue aprender e assimilar com mais facilidade aquilo que nós mais gostamos. Isso é muito comum e aplicável em sala de aula, pois é comum haver aquelas matérias que nós gostamos mais e aquelas que achamos mais chatas. O resultado é que geralmente nos saímos mal naquelas que não gostamos muito. O nome dessa capacidade do nosso intelecto é memória seletiva. continuando no exemplo da sala de aula, a nossa memória seletiva faz com que naturalmente aprendamos algumas matérias de acordo com os nossos gostos, que podem inclusive ir além da afinidade com a matéria. Muitos outros fatores podem estar influenciando para não gerarmos interesse, como o professor, a metodologia aplicada, a linguagem dos livros utilizados e até a cor da capa, por exemplo. Isso nos levaria a outra discussão, desta fez a cerca de o quanto o professor e sua maneira de ensinar influi drasticamente no gosto pelo aprendizado, mas este não é o foco de hoje.
     Resumindo, o que quis expor com esta publicação é que a forma como lidamos com o hábito de aprender algo, muda significativamente o quanto e como vamos aprender. A nossa vontade de aprender é mais relevante do que a nossa capacidade, visto que a nossa mente tende a aprender aquilo que nos dá prazer. 
      Se você entendeu o que foi ressaltado aqui, provavelmente tem o potencial para ter uma mudança tremenda no seu aprendizado, a partir da perspectiva de que tudo o que formos aprender deve ser visto como algo legal e prazeroso, a ponto de realmente assim se tornar.

Nenhum comentário:

Destaque

Lair Ribeiro errou no caso de Marcelo Rezende?